Clari Schuh
Diretora de Comunicação do Sindicontábil Vale do Rio Pardo
O dia 8 de março é mais do que um evento para homenagens e presentes; é uma data para toda sociedade refletir sobre diversos pontos, tais como violência, desigualdade econômica e social, a valorização das conquistas, os desafios e a importância da equidade de gênero. Embora, planejar e colocar em prática soluções para os diversos desafios vivenciados pelas mulheres diariamente deve fazer parte constantemente da agenda social. Percebe-se que a discriminação por gênero na maioria das vezes está disfarçada e justificada pelos valores culturais que permeiam a sociedade.
O papel das mulheres na sociedade vem mudando ao longo dos anos. Mesmo que seja a passos lentos, mas o movimento existe; as mulheres estão ocupando espaços que antes eram ocupadas somente por homens. Elas são protagonistas de suas histórias, assumindo papeis de lideranças, se tornando CEOs, donas do próprio negócio. Isso ajuda a tornar o cenário menos desigual e, até mesmo, a inspirar outras mulheres a buscarem condições melhores na vida pessoal e profissional.
Diversas pesquisas evidenciam que empresas com maior diversidade de gênero na alta liderança conseguem melhores resultados financeiros. O que vai de encontro à Teoria da Dependência de Recursos que prevê que a composição diferenciada do Conselho de Administração pode ser um gatilho preditor de diferentes expertises. Ou seja, homens e mulheres são diferentes biologicamente; logo, originam entendimentos diferentes na forma de agir, pensar e ser no mercado de trabalho. E essas diferenças devem ser vistas de forma positiva e utilizadas, até mesmo, de forma estratégica.
O protagonismo e liderança feminina na área contábil não é diferente; as mulheres têm conquistado cada vez mais espaço no mercado de trabalho da contabilidade. Dados do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) revelam que, no ano de 2024, dos 528 mil profissionais da área contábil no Brasil, 43,55% são mulheres. Já no estado do Rio Grande do Sul esse índice aumenta para 49,39%. Entre outras palavras, quase metade da força de trabalho nesse setor é de mulheres. Assim, percebe-se a quebra de paradigmas e o protagonismo feminino vem estabelecendo um novo padrão corporativo com a presença de mulheres em posição de liderança.