*Clari Schuh
Diretora de Comunicação do Sindicato dos Contadores e Técnicos em Contabilidade do Vale do Rio Pardo (Sincotec-Varp)
Na última década, percebeu-se a crescente preocupação da população com os aspectos sociais e ambientais causados pelos produtos e serviços. Assim, vem aumentando o número de consumidores que observam as decisões ambientais das empresas no momento de comprar um produto, dando prioridade a empresas mais sustentáveis.
Além disso, os investidores, quando da análise de uma empresa em potencial para investimento, não focam apenas os índices financeiros, mas, também, as empresas que compreendem questões relacionadas à responsabilidade ambiental e social, o que, de certa forma, está impulsionando ainda mais os negócios nesta direção.
Neste contexto, a contabilidade ambiental no Brasil vem recebendo maior destaque. As empresas estão se adequando a evidenciar informações contábeis determinadas não apenas pela legislação, mas também dados sobre ações sociais e ambientais. Pois, a contabilidade tem por objetivo não somente mensurar os fatos que evidenciam a situação patrimonial e sua evolução, por outrora também, demonstrar a todos os usuários e interessados em seus relatórios, de que forma ocorre a interação da empresa com o meio ambiente, quantificando monetariamente, os benefícios e os gastos com o controle ambiental. A exemplo dos custos com recuperação de áreas contaminadas ou as perdas com gastos para cobrir acidentes.
Desta forma, percebe-se que o profissional contábil está cada vez mais inserido nas organizações, fornecendo informações aos gestores para tomada de decisão. Em se tratando de contabilidade ambiental, destaca-se que uma falha de avaliação no impacto ao meio ambiente pode se tornar muito oneroso para a organização e para a sociedade. Além disso, a publicação do Balanço Ambiental corrobora para uma maior transparência de gestão e preocupação com o meio ambiente.